Quem sou eu

Sou tudo aquilo que um dia quis ser. E como ja dizia o mestre do pagode, meu amigo Zeca, "...deixa a vida me levar...". E assim eu vou vivendo, ao sopro do vento, parando ali, aqui, sem nunca deixar a peteca cair. E esse sou eu, escravo da vida. E mesmo que aos trancos e barrancos, faço tudo que ela me mandar.

sábado, 17 de novembro de 2007

Idiossincrsias


Maneira própria de ver, sentir e reagir de cada individuo. Essa é a descrição da palavra idiossincrasia “dita” no dicionário Aurélio. Como podemos dizer que todos nós somos iguais se uma palavra tão bela como essa existe no nosso amplo vocabulário? Se cada um tem seu modo de ver o mundo, sentir suas emoções e reagir ao que acontece ao seu redor, como podemos ser semelhantes? No entanto, essa não é a questão. Existe outro significado que se encaixa muito bem a essa palavra. Se um dia eu vier a escrever um pai dos burros descreveria desta forma:

“Idiossincrasia: Maneira própria de ver, sentir, reagir e amar de cada individuo.”

Amar se exclui de “sentir” por que é um sentimento a parte que deve ser analisado com muito cuidado. Todos têm maneiras de amar diferentes, estou certo? Caso isso seja
verdade, como duas pessoas podem se amar sendo que a recíproca jamais existira?

- Aha! Peguei vocês!

E agora? O que acontecera a todos os casais se eles perceberem que um não ama ao outro da mesma maneira que o outro ama ao um? È impressionante o poder de uma palavra de apenas quatorze letras. Não se pode negar que grande parte da população não conhecia essa palavra “catastrófica” até lerem, ou ouvirem, esta minha crônica, mas eu já a conhecia e este fato me traz muitos pesares à noite.
Toda vez que coloco a minha cabeça sobre o travesseiro e sou banhado pelo luar, meu sono se esvai. Infinitas questões e fatos me vêm à mente e não consigo dormir. Ontem mesmo, logo quando me deitei, as minhas idiossincrasias vieram à tona.
Pensei em como está o mundo e senti raiva ao lembrar-me de todos os problemas que o assolam. Depois refleti sobre as minhas reações e vi que a raiva era uma constante no meu dia-a-dia, e isso não é bom. Finalmente, quando já passavam das doze, cheguei ao ponto crucial dos meus pensamentos. Meu amor. Ele, ultimamente, anda a flor da pele, assim como a raiva, o amor também é uma constante na minha vida hoje já que estou enamorado. E ai é que está o problema. Amar não é só amar. Incluem-se ao amor, ciúmes, fugacidade, felicidade e é claro, tristezas. A ambivalência deste sentimento chega a ser assustadora, por isso eu o incluiria a idiossincrasia. Parar e pensar nas diversas formas de sentir e agir do ser humano é o primeiro passo para entendê-lo, ou melhor, entender-se. Mesmo que no primeiro momento isso o confunda, você se acostuma, e percebi que cada um é como cada um é, e que esquecer as diferenças é o mais importante. Assim sendo, ao terminar desta crônica, esqueça as minhas idiossincrasias e vá pensar nas suas.

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